Meus caminhos são feitos de veredas!
Traço-as, uma a uma, como pegadas de onças:
Atalhos que me conduzem às beiradas dos córregos,
Onde tento beber a água prima,
Para em seguida me enveredar pelas
Trilhas que marcam os tempos de todos os homens.
Minhas veredas são os meus deslocamentos em toda vida.
São clareiras de sentimentos que me fazem debulhador de milhos
Que brotam da terra vergastada;
Que sangra pelas veias rasgadas pelo fogo;
Que queima toda a vegetação vérsica da terra que me habita;
E que grita:
Ó miseráveis! Tomastes a vereda do juízo da incompreensão:
A prisão do ladrão que rouba uma telha, para comprar um pão…
Mas, quem vos prenderá por causar a fome de muitos irmãos?
Possivelmente ninguém vos deterá!
A toga que vos serve de vereda é balança pensa e a
Cega deusa já não mais vereda aretologia.