Entre nós – de omar de la roca / são paulo
Outro dia distraído
Quando a dor me invadia
Lembrei-me de cicatriz antiga
Que há tempos não sabia.
( entre nós vou caminhando )
Estranhamento contido
Ri do pálido recorte.
Que outra mais profunda
Por cima já havia.
( desviando de nós aqui e ali )
A primeira funda na época,
Mas agora é sutil .
Riscos, as outras se confundem
Com a que já existiu.
( Vou lendo entre os nós)
Outras mais antigas,não.
São sagradas.
Intocáveis.
Doem todos os dias.
( nós entre nós )
Sem que eu tenha visto a arma,punhal,
Na mão que me feria.
Não há ungüento que cure,
( desencanto,desacato,dez atado nó )
Ninguém que de alivio.
Cortes,recortes, não preciso deles.
Estão ali,testemunhos da dor,
Mas enganados por ela.
( nó , desenlace, laço ,nós ? )
Preso na garganta,
torcido nó.
Que de nós pouco entendo.
Que de nós desentendo.
( Que só sei de nós e só sei de nós,
apenas o que vejo ) .
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