Arquivos de Categoria: ficção

Mostra exibe cinema latino-americano em São Paulo

 O novo cinema autoral da América Latina estará em cartaz a partir de quinta-feira 12 em São Paulo durante o sétimo Festival de Cinema Latinoamericano. Os filmes serão apresentados (com entrada franca) no Memorial da América Latina, no Cinesesc, no Cinusp e na Cinemateca Brasileira.

Até 19 de julho serão exibidos mais de 70 filmes produzidos em 12 países. Parte é inédita, mas muitos já chegam premiados após a exibição em festivais como os de Berlim, Cannes e Havana.

Cena de Um Mundo Secreto, longa-metragem do mexicano Gabriel Mariño Foto: Divulgação

O destaque fica para Um Mundo Secreto, longa-metragem de Gabriel Mariño que teve sua estreia mundial na Berlinale, em fevereiro, na mostraGeneration Special. O filme narra de forma lírica a viagem de iniciação de uma garota. No último dia de escola, antes da graduação, ela deixa seu mundo para trás e parte numa viagem de autodescoberta.

Mas o longa de Mariño não é o único representante dos road movies na mostra. O festival também terá O Garoto que Mente, da venezuelana Marité Ugas. O filme conta a jornada de um garoto que procura pela mãe desaparecida nos deslizamentos de terras que atingiram o departamento de Vargas após a grande chuva de 1999.

Da produção brasileira, o festival traz Hoje, de Tata Amaral, vencedor do Festival de Brasília no ano passado, e Histórias Que Só Existem Quando Lembradas, de Júlia Murat. A mostra também vai exibir o filme Augustas, que se passa todo na Rua Augusta, em São Paulo, e é dirigido por Francisco Cesar Filho, curador do festival.

Na sexta-feira 13, o festival programou uma sessão especial, à meia-noite, do filme Juan de los Muertos, do diretor Alejandro Brugués. No filme, Brugués apresenta a cidade de Havana destruída e dominada por zumbis, em uma sátira política à situação cubana. O longa conquistou o prêmio do público no Festival de Leeds.

A edição deste ano do festival vai premiar com 99,4 mil reais o melhor filme sul-americano feito em coprodução. A importância da coprodução no cinema latino-americano também será discutida em uma mesa de debates que ocorre no último dia do evento, na Cinemateca Brasileira.

EDIR MACEDO, o bispo profano, fala das suas intenções: OUÇA-O

UM clique no centro do vídeo.

BENETTON: Campanha causa polêmica ao mostrar líderes mundiais se beijando / italia.it

PUBLICIDADE

Uma campanha publicitária lançada pela marca Benetton está causando polêmica ao exibir outdoors com fotomontagens de líderes mundiais se beijando. O objetivo da campanha –batizada da “Unhate”– seria protestar contra a “cultura do ódio”.

Entre os líderes retratados estão o presidente americano, Barack Obama, que aparece beijando o líder chinês, Hu Jintao. Em outra fotomontagem, Obama é visto dando um beijo no presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina) também aparece beijando o premiê israelense, Binyamin Netanyahu. A chanceler alemã, Angela Merkel, é retratada beijando o presidente francês, Nicolas Sarkozy, em outra imagem.

Já o papa Bento 16 dá um beijo em Ahmed Mohamed el Tayeb, imã da mesquita de Al Azhar no Cairo.

Veja algumas das fotomontagens:

Divulgação/Benetton
Papa Bento 16 dá um beijo em Ahmed Mohamed el Tayeb, imã da mesquita de Al Azhar no Cairo
Papa Bento 16 dá um beijo em Ahmed Mohamed el Tayeb, imã da mesquita de Al Azhar no Cairo
Divulgação/Benetton
Mahmoud Abbas, líder palestino, à esquerda, e Benjamin Netanyahu, premiê israelense
Mahmoud Abbas, líder palestino, à esquerda, e Benjamin Netanyahu, premiê israelense
Divulgação/Benetton
Chanceler alemã, Angela Merkel, e presidente francês, Nicolas Sarkozy
Chanceler alemã, Angela Merkel, e presidente francês, Nicolas Sarkozy
Divulgação/Benetton
Barack Obama, presidente americano, e Hugo Chávez, presidente da Venezuela
Barack Obama, presidente americano, e Hugo Chávez, presidente da Venezuela

O ANJO VINGADOR DOS POETAS RECUSADOS (fragmentos) – de jairo pereira / quedas do iguaçu.pr

Sentidos pouco sentindo no
marasmo dos dias thorpes. Sentidos vãos quando tudo está certo equilibrado no
tempo do sem-tempo. Para um herói qualquer dia é dia e a vingança não pode
durar mais q. alguns segundos.

Os
mortos vivos vão saindo das tumbas e vindo pro lado do anjo vingador vindo
trançando figas e coroas de flores os mortos vivos alarmados com algo q. não os
deixa dormir em paz algo q. passa pelo vão das pedras e não é formiga algo como
posso dizer estranho por nascença energia branda q. atormenta até morto
redormido. As almas pusthulentas interagem com algo q. está no ar e vagam os
espaços noturnos: estradas, beira de matas, costeando rios e cercas, sob pontes
e viadutos. O anjo cansa de ver as presenças negras nos mapas q. transita e
chega cumprimentá-las nos encontros acidentais. Ver a morte sempre de perto a
morte transnascida naquelas almas noctívagas refresca o pensamento de quem está
vivo :vivo: vivíssimo cheio de energia boa pra queimar pensamento no pensamento
criação na criação poema no poema prosa na prosa melodia na melodia rosto na
argila Cego
um poeta conta estrelas cego um poeta se avizinha do precipício cego uma alma
geme transmundos na fala. Lingüista algum explica!

A
diferença hoje é escrever com signos bólidos tridimensionais no espaço e não
com frases sentenças empoladas onde os signos da composição ficam entremamente
dependentes uns dos outros. Os signos avançam em todas as direções como vespas
autônomas sem destinação e é só apreende-las no espaço e lhes impor contexto
ludoespacial. Poetas gostam de complicar o simples e simplificar o complexo.
Poetas sabem fazer sopa de signos só pra ver no q. vai dar. Poetas refazer o
benfeito desconstruir reprojetar o estabelecido no tempo como forma de animar a
vida e a arte. Poetas, adoram abrir caroços dos frutos pra ver o q. tem dentro.
Poetas, impor significados às coisas não nascidas. Poetas, criar problemas de
entendimento. Contradição na contradição: existe o mundo do incriado, onde as
coisas ainda não nominadas animam sem rigor ou finalidade a vida. Poetas
mergulham nesses pântanos pra pinçar o q. se pode aproveitar, nominar, e fazer
existir pra todos. Comigo é assim e com meus irmãos deve ser muito pior.

De
tanto andar corpo a corpo com o chão o ser impoverteu-se: melhor dizer q. virou
pó.

Subi
naquela velha caixa de maçãs (não sem antes cortar o pedaço duma pro meu
pássaro yogurt) e proferi palavras de baixo calão enquanto moças brancas de Curitiba papel de
celofane no olhar e sandálias plásticas sorriam sobranceiras minha patética
figura naquele estado digamos assim rifutembho de aprofundamento poético
ficto-ético-esthético-existencial. Sim pois pra dizer o q. diria não dava pra
pensar outra coisa um paraíso na terra com belas polakas e um inpherno no céu
com gente te mandando trabalhar te impondo salário subordinação horário pra
cumprir dependência até pra limpar o cu cheio de limalhas pratas com círculos
preciosos do torno mecânico q. as criou por acidente. Um acidente dos sentidos
mentir q. se é o maior de todos os heróis anti-heróis personas erigidas por mentes prodigiosas. Mentir q. se é o maior
pra si mesmo compor filmes apavorantes com muitos corpos destroçados nos campos
de batalha e beber um vinho tinto suave temperatura ambiente depois do almoço
sobremesa de pêssego com calda e creme de leite uma polaka nua no quarto do
andar de cima de cima da terceira nuvem do viajante cósmico (nua e lúbrica
raspando a língua no batom vermelho dos cantos da boca) o anjo vingador q.
chegou pra vingar as polakas recusadas e amar a todas todas todas mantendo um
polakário particular no sítio das estrelas onde se recolhe trezentos e sessenta
e três dias por ano claro q. pelo menos umas horas se deve descansar nesse
pérphido ofício e périplo desregrado inglório de anjo vingador dos poetas
recusados. Afinal de contas ninguém é de estanho e estranho q. as puthinhas da
quinze deram agora de grudar no celular suas orelhas calejadas de golpes de
pica. Não se fazem mais programas como antigamente trintão por pegada boquet’s
grátis e massagem de língua na glande inflada. Vá pra casa mano, cuidar o filho
teu com a empregada, antes q. descubram tudo. Não deixe o piá passar sede
fome… te vira malandro. O anjo vingador dos poetas recusados tem mais de mil
e quinhentos polakinhos por esse orbe infielíssimo e nunca tu ouvirá reclamação
de um dente por fazer nos pirralhos. O anjo toma conta de tudo, claro q. sob a
regência das centenas de polakas q. compõe seu sórdido (e convenhamos
maravilhoso!?) imaginário. É responsa mano. Responsa, sabe o q. é isso!? Sabe
porra nenhuma, nem lavou o cê-u hoje e tá cheirando a sulampra do mês passado.
Sulampra pra quem não sabe é aquela porrinha de mnerda q. fica grudada nos
pentelhos do cu fazendo o maior estrago sujando a cueca às vezes até a calça e
dando ao agente detonador da nathureza (o trouxão) aquele cheiro característico
de prustifructo singular. AH VÁ TE PHODER ESPECTRO REVERTIGO DE SUPREMA
CUTILEDÔNEA SPRIÊNCIA LÚBRICA NUS TREE LENÇÓIS! Vou dizer e digo blasfemo
ensandeço contra o infinito. É só me tirar uma polaka e veja como fico.

Muitas
almas me freqüentam esplendoríndeas muitas almas muitas vidas de contra-favor
onde estou não fico onde fico não estou transmudo-me entre as raízes retorcidas
da paisagem.

Escrever simples e
complexo escrever erudito e popular escrever pra professores e estudantes
escrever pra poetas e pintores escrever por escrever sem ter q. dizer porque
pra que e pra quem eis a vida do anjo no solitário ofício de lançar palavras ao
espaço seus  signos de artifício o anjo e
sua sanha de desvelar os mundos escondidos do saber as verdades q. estavam ali
na pedra sob as árvores e ninguém imaginava o anjo em prospecções inúteis procurando
dar significado e nominação às coisas não-nascidas q. faz nascer a força um
anjo investido de sóis estranhíssimos nessa terça-feira de tédio e tentações.
Os convites são mais q. sedutores: o diabinho da direita diz q. é pra nadar
desnudo no rio o da esquerda incita a mandar um poema pra gata de olhos
amendoados q. tá na garupa do grandão supertatuado da motocicleta. É sempre
assim correr os riscos das tentações a cada momento e nunca deixar a peteca
cair. Todas as vezes q. sentir prazer escondido renegue-o para o bem da vida.
Prazer tem q. sentir-se às claras de olhos bem abertos e com amor amor amor q.
é tudo q. mais interessa nessa porra de vida onde estamos condenados a sofrer e
ser enganados e nos roubarem a moto e nos despedirem do emprego e nos
atormentarem com propostas indecorosas e nos fazerem crer q. o paraíso é pra lá
do mundo dos vivos e nos torpediarem dia-a-dia com aquela história de camisinha
de evitar a aid’s de evitar as nocivas relações promíscuas. O agiota, fia da
putha, tá pouco interessado em algo fora dos juros sobre juros a receber dos
trouxas, o agiota bancado pela vida q. não quer trabalhar. Tudo q. não presta
no olhar do crúsphito encostado no muro do colégio vendendo drogas aos
pequeninos. Uma mnerda a vida em meio a essa corja sem escrúpulos. Pureza nas
relações pureza na vida longe dos pais difícil acreditar q. alguém entenda o
mundo dos q. estão por vir e já devem estar a caminho. Com teus pais uma vida
grampeada no amor amor sobre todas as coisas vivas e mortas desse mundo. Lá
fora, além do pátio só martírio sacrifício de mano só pra ver a vida gemer. Te
liga transfirmotente em meus delírios de vingador te liga q. uma nuvem de
signos obnubla o quarteirão e são de minha lavra os proliferados vociferinos
contra os pulhas a corja as eminências pardicenthas do mal q. não as vejo mas
sinto de próstata inchada e impotência irreversível sobre aquelas velhas
cadeiras de espaldar.

reflexos nos espelhos
espetacular jogo de luz espelhar na sobrevivência. Os mortos vivos impõem o
contraponto do viver na sua inútil condição de seres nacaráctios. Para um anjo
q. viaja todos os orbes nada surpreende. Fogos de artifício nathurais cobrem de
luz os espaços negros da criação. Entre os raios lanchispantes vivas-almas
conquistam espaços novos nas relações, campos onde progridem os pensamentos
bons. Se há campos de pensamentos bons, há também os dos ruins. E ali onde
maltratam poetas, um dia haverá um circo pra mostrar os pulhas ao público. Os
pulhas q. sempre ficam atrás das cortinas, nos gabinetes dos maus espírithos,
elocubrando perversas ações. Os pulhas e seus patrocinadores não menos pulhas,
sem mulheres e sem amor, sem poesia e sem emoção. Os pulhas, cus de peixes,
frios e resistentes, em suas campanhas de tudo aniquilar, quando se trata de
arte, cultura, criação, talento & ímpeto. A garotinha q. tá fazendo Letras,
não entende ou não quer entender minha sacrossanta indignação. Pobrezinha…
nas mãos de tolos acadêmicos, vai perder parte da visão, parte da vida, parte
do entendimento estético, parte da ideologia poética, parte de parte da parte
da partitura. Para um anjo menina de belas intenções uma ópera se compõe em
poucos dias uma ópera como apoteótica revelação da vida abaixo da razão a vida
do mnerda q. somos sobrevivendo como rato de bueiro barata de pia mosca de
potreiro sempre a entornar o podre o q. fede o q. esterquilina. Um gole de água
tônica q. tem quinino pra tirar esse gosto amargo de mágoa na boca esse gosto
de revolta contra o sistema e a vida dos pothenthori’s com suas mãos pegajosas
de betume derretido acrescido de ranhos sangue veneno de cobra cuspe de sapo e
fezes de lagarto.

Muitas
almas me freqüentam esplendoríndeas muitas almas muitas vidas de contra-favor
onde estou não fico onde fico não estou transmudo-me entre as raízes retorcidas
da paisagem.

Escrever simples e
complexo escrever erudito e popular escrever pra professores e estudantes
escrever pra poetas e pintores escrever por escrever sem ter q. dizer porque
pra que e pra quem eis a vida do anjo no solitário ofício de lançar palavras ao
espaço seus  signos de artifício o anjo e
sua sanha de desvelar os mundos escondidos do saber as verdades q. estavam ali
na pedra sob as árvores e ninguém imaginava o anjo em prospecções inúteis
procurando dar significado e nominação às coisas não-nascidas q. faz nascer a
força um anjo investido de sóis estranhíssimos nessa terça-feira de tédio e
tentações. Os convites são mais q. sedutores: o diabinho da direita diz q. é
pra nadar desnudo no rio o da esquerda incita a mandar um poema pra gata de
olhos amendoados q. tá na garupa do grandão supertatuado da motocicleta. É
sempre assim correr os riscos das tentações a cada momento e nunca deixar a
peteca cair. Todas as vezes q. sentir prazer escondido renegue-o para o bem da
vida. Prazer tem q. sentir-se às claras de olhos bem abertos e com amor amor
amor q. é tudo q. mais interessa nessa porra de vida onde estamos condenados a
sofrer e ser enganados e nos roubarem a moto e nos despedirem do emprego e nos
atormentarem com propostas indecorosas e nos fazerem crer q. o paraíso é pra lá
do mundo dos vivos e nos torpediarem dia-a-dia com aquela história de camisinha
de evitar a aid’s de evitar as nocivas relações promíscuas. O agiota, fia da
putha, tá pouco interessado em algo fora dos juros sobre juros a receber dos
trouxas, o agiota bancado pela vida q. não quer trabalhar. Tudo q. não presta
no olhar do crúsphito encostado no muro do colégio vendendo drogas aos
pequeninos. Uma mnerda a vida em meio a essa corja sem escrúpulos. Pureza nas
relações pureza na vida longe dos pais difícil acreditar q. alguém entenda o
mundo dos q. estão por vir e já devem estar a caminho. Com teus pais uma vida
grampeada no amor amor sobre todas as coisas vivas e mortas desse mundo. Lá
fora, além do pátio só martírio sacrifício de mano só pra ver a vida gemer. Te
liga transfirmotente em meus delírios de vingador te liga q. uma nuvem de
signos obnubla o quarteirão e são de minha lavra os proliferados vociferinos
contra os pulhas a corja as eminências pardicenthas do mal q. não as vejo mas
sinto de próstata inchada e impotência irreversível sobre aquelas velhas
cadeiras de espaldar.

não tem ninguém

nessas miragens

heras sobre as pedras

o sangue dos mártires secou

como secará o meu

em teu amanhã de mentiras

Um
anjo vingador vingar passado presente e futuro do q. ainda nem nasceu nascerá
como é de se nascer apto a consertos. Meu périplo de anjo salvador vingador dos
poetas recusados começa num dia de sol soliníssimo de segunda-feira e passa por
noites de pau d’arcos com Augusto dos Anjos Pedrinho da Mampusheira o rude
Orástino da Silva o lírico Meliandro do Ingá o neobarroco Neco Ripo o sexínio
Ertho Murthis o inventor de linguagens q. criou poemas cut-ups (cutapes em
tupiniquim celerado) transgressoras colagens alla literatura de William Burroughs
Carlo Ferri q. esculpe no gelo seco universos paralelos com imensas naves
torres e ovnis Artur Landis q. apavora na noite com seus poemas sinistros de
supra-realidades, sempre depois da meia-noite nos bares, estrepa-se na Ilha da
Magia daqueles tempos com Cruz e Souza transgride com os loucos letargidos, os
pictóricos desassistidos e atola seu cavalo monet na mnerda da mediocridade. Um
quê de anjo todo mundo tem vingador se revelar consertador das coisas
incompreendidas dos atos pensamentos retornados sem sentido da vida q. alumbrou
ser estenuou no não-viver. Em muitos campos desolados brandi minhas espadas de
lata. Aquela vez q. invadi o Projac da Rede Globo Televisions transvi
tressaltos de desencantos. Minha fúria hostil não encontrou escora no entre
câmeras. Madames atrizes diretores bichas produtores pan-livrertinos &
marqueteiros vendedores de mães evoluíram seus desajustes. Siga bem condoreiro
anjo vingador dos poetas recusados. Sigo tresando nos meus dias negros. Esphias
nas esphias séphias, um galo há de brigar sempre pela mesma franga. Falar nisso
mano, manja a farsa dos dias enuviados com absinto falsificado!? Não erijo
transmundos por brincadeira nomino coisas só pro gasto e tudo tem seu ofício de
permanecer em mim. Te
transfiro um pouco de minha ira santa. Desbancar os bancados q. nos oprimem.
Teu bus de papelão vaga essa cidade neferthímora. Quantas vidas entornadas no
lixo!? Minha poesia nossa vossa adentra as searas sujas da periferia. O anjo
vingador está aqui. Me anuncio implume pássaro no carnaval polako. Já deves
estar putho com essa história forjada de um anjo vingador q. vem da linguagem
para a vida do nojo do signo transfimortente para a morte. Vá te cagar pentelho
espectral de aziagas noites. Nada te devo de meus arroubos operísticos. Um
doido convicto inventar conflitos só por prazer confluir as forças anímicas pra
tomar uma gelada no Bife Sujo. Da última vez o cézinha me trocou um cheque
voador de duzentas pratas q. atravessou três vezes a nado o Iguaçu. Vate
transfivatente dou gorjetas aos meus garçons preferidos. Nas vinhas do amor a
polaka espessa de sexo beija minha boca suja. Beija, suga, embaba de língua,
enosa chiclet’s e drops de hortelã untados de saliva energética. Signos
espérios meu garoto lambem o dizer criptofilho do chão.

A
coisa vinha vindo trinha sido tranha signos símbolos na minha língua grossa de
veios thérvios. A cornucópia do poeta é cheia do líquido precioso dê sua língua
à minha língua seu verbo thurvo a minha thurva esphia. Jesus nega os insensatos
e com toda razão des-razão apruma my verbo novo. A nathura q. louca amamos não
é por acaso também insensata em seus cataústricos!? Um poeta esmerilar os
signos nas amplas pedras do deserto. Como uma bala de fuzil cada nominata
dirigida a um inimigo. Nomeio coisas troisas pfscoisais loisas froixsas nos
meus desígnios. Um doido tirando formigas do formigueiro abandonado o anjo
vingador espalhador de ditos tranfusiados nichos de só-pensar. Elos nos elos
desengonçados. Perdida a febre terçã inicial da palavra e dos atos. Não é assim
q. se fazem heróis. Não é assim q. se fazem anjos vingadores. Um anjo vingador
dos poetas e artistas recusados se faz com ação conflito e solução do enguiço.
Este q. te fala é charlatão malquisto não age nada resolve não interage com o povo
e molesta polakinhas desprevenidas. Me entrelaço nas clareaduras de tua fala e
masco ervas amargas pra dizer-se só excluído recusado pelos editores atropelado
pelos mercadores marcado na volta da paleta pelos trívios políticos. Sou-me
risolentho esthertorante reflexímoro no mar do sonhar o ser sonhado e não deixo
visgo no meu rastro imundo. Tortilhas sonethárias nos jantares sob as
santas-bárbaras do norte do Paraná. Desci dali dos cafezais abandonados rio
Tibagi até o Piquiri e depois angulei ao Iguaçu o rio meu por excelência
agrilhoado em usinas.
Teus grilhões meu rio o anjo vingador romperá com dentes de
aço da terceira dentadura q. lhe deram em vida. Thorpes, essas
ogivas nas balas de hortelã não acalmam ninguém. Meu empresário vendeu um poema
por um prato feito em frente ao Passeio Público poema com gosto de carpa
húngara cravejada de poucas escamas douradas q. me roubou no acerto de contas.
Já viram o anjo vingador acertar suas contas com o empresário de sua poesia
recusada!? Só por deus ainda se fazem homens desse naipe enlevados no ofício de
sobreviver. Tangiro vencer o desvencido. Intenciono renovar o embolorado.
Minhas catanas descida dos triminhões das canas. Minhas armas de verdes hastes
embebidas no líquido espesso da cornucópia do poeta. Bom pra ti meu caro, esse
passeio pela língua do poeta o anjo vingador q. mata o passarinho de seu ofício
pra achar a pedra na vesícula.

Uma cobra escorregar pelo
barranco esgueirar pelos porões dos signos como uma língua extensa transverbal
uma língua eu-lúrica & magistral.

Um
pássaro é um pássaro uma formiga uma formiga um phósphoro um phósphoro uma
chave uma chave uma pedra uma pedra um caminho um des-caminho.

Um
anjo, manja de tudo um pouco e quando nada manja, arrisca. Se é pra vingar o q.
há de ser vingado, todas as armas são válidas, inclusive as do pensamento
enlevado. Poeta não pode ser o mnerda alienadão, q. pega uma receita de bolo e
fica naquela. Poeta q. é poeta arrisca tudo no conhecer em sendo, a fim de
trazer do nada o tudo q. ilumina a vida do poema.

Noutra
vez traveis desveis desci as escadarias da ampla Biblioteca de Alexandria e
naquela época pequenas moedas de lata tinham muito valor. Lascas de minha
espada como dinheiro naquelas soledades do deserto, trocadas por especiarias,
tapetes persas, sândalo, damasco, etc e tal. Com meu cavalo e uma criança li
livros herméticos naqueles templos. Livros costurados à mão. Livros dos
impérios do poder e da emoção. Sabe como se lê um libro hermético mi cidadon?
Cheirando-o. Os signos tem cheiro sim. Aprendi isso com as abelhas em colméias
abandonadas. Meu pai sempre fazia isso também cheirar os livros. Um anjo
vingador tem pai meu amigo pai como cada um de vós tranceiros duma figa. Um pai
progride com seu filho em suas loucuras de criação. Quantas vezes meu pai
imaginou seu louquinho-bom ganhando o mundo fudendo-se como espectro ambulante
alla 4Claudinei Ramos no seu périplo de três dias. Dá nojo enganar
polakinhas a troco de sexo, quando se é gerente de loja de eletrodomésticos em plena Marechal Deodoro,
próximo aos Correios. Um pai um sogro tios tias primos primas e amigos q.
desconsolo nos conhecerem em nossos repentes de imaginação. Um louco-bom
repercute em Santa
Felicidade a noergologia: 5Jacob Bettoni. O anjo
vingador dos poetas recusados o encontra escovando a bela égua alazã quarto de
milha. Ele vem noeticamente e enuncia conceitos revolucionários no paradigma
novo da psicologia. Um louco-bom como um arauto dos novos tempos, peripatético
sempre revoluteando as coisas. Jacob Bettoni me acena com a possibilidade da
protonathural philosophia estética e a noergologia comporem um único bloco
monolítico sapienthi’s pra enfeitiçar almas letargidas nas manhãs de
segundas-feiras ante as chaminés do pólo petroquímico. Um louco-bom sou eu
também poeta coça-saco de a pé e a cavalo, como diz o ditado-deitado paradão
cheio de chatos no acrílico onde o bus sosfrega e não vem. Um anjo vingador não
conhecer limites em sua luta de tudo levantar expandir como ofício de viver e
ser vivido amar e ser amado matar e ser matado. Nas barrancas daquele rio (o
Iguaçu) erigi transmundos só pra ver no que ia dar e deu: uma nau de carbono
luminosa crispou de lux trilux overlux o denso da floresta naquela noite. Tenho
certeza q. tinha gente dentro do tribuliço. Gente com olhos grandes e braços
abertos. Focos concêntricos para um mesmo (alvo) ideal, invisível. Um sinal,
era o sinal. E, o sinal era de signo ingos nigos sonigs perdido no
signário-vida e tive q. sair dali conquistar outros espaços com minha arte
singular de tudo transverter. Vem de príscas eras essa ânsia de inventar o
desinventado e interferir nos espaços sagrados da criação como um mephisto
invasor o anjo autoproclamado de salvador dos artistas recusados. Minha ira
santa enlevar o raso o letargido o transvencido como forma de animar a vida.
Meu castigo a incompreensão dos árvios iletrados dos púrcios néscios soberbos
em seus atóis. Para uma polaka de meu amor consagro essa verve: de primeira
insensata de segunda interferente de terceira auto-flagelada. Não se fazem mais
Cândidos ou o optimismo como antigamente, Dom quixotes, Macunaímas, heróis e
anti-heróis integrais em seus ofícios. Rapsódia nóia. Rapsódia nóia, ver,
sentir… tudo com o espíritho da vingança. A farinha q. o anjo vingador come é
q. traz os espectros sígnicos de sua verve alucinada e o pão q. a mesma amassa
é o pão de sua verdade representação esplendorosa do seu ser escroncho.
Inverossímil a linha de uma vida assim como a vertida agora. Nem um anjo
vingador satisfaz público empresário mecenas mídia loquaz pelo contrário um
louco deambulante pelos signos criar problemas de entendimento perverter as
mentes juvenis alardear significação como farsa às coisas não-nascidas.
Nascimento vida morte de um herói super-convicto q. acredita em correção do tempo
dos atos enfins dos homens para com os homens na história. O SOL eleva-se sobre
todos e distribui na mesma proporção quântica seus favores. O anjo vingador
também delibera e vence contra todos os inimigos comuns. Com esse ofício de
fazer poemas muitas almas penaram nos céus inphernos e purgatórios do Sr.
Dante. Selva selvagem selvagínia não há ninguém a minha espera ninguém nem um
sol de contra-favor a enovelar meu grito. Meu cavalo monet galopa por uma
estrada branca como uma polaka estirada em lençóis verdes uma estrada uma
polaka um oásis de prazer muito prazer na pororoquinha da marthininha muito
prazer lubricidade comesura de olhar uma polaka como uma flor sensual em seus
ofícios de amar amar sobre todas as coisas frias dessa cidade esses pontos de bus
cercados de cadeados invisíveis onde as almas esperam esperam o caixote de
papelão chegar combinado com outros caixotes e a vida repetindo-se sempre no
mesmo ritmo. Ritmo de lesa-vida meu irmão, sentido de pouco sentido, persigos
sobre persigos. Meu cavalo uma cancha reta como um louco evadindo-se do
inpherno de Dante. Atrás de nós as silhuetas dos trúmphicos imperiais do baixo
império/espíritho, almas trivilinas, soltando fogos pelas bocas. Siga comigo
seu verme strúnhio nesse domingo aziago. Vamos ver a fonte de onde vertem as
profícuas almas lângues. O que é uma alma lângue? Não tá viva, não tá morta, é
cruiféiz estaca no descampado da vida. Acabas por saber q. é uma expressão de
linguagem recém-criada como posso te dizer nefhertímora (nojenta, escabrosa,
escorchante). Não sabes com quem falas, pobre parvo espiroguentho. Comigo
aprenderás da vida seus melhores momentos. Q. bela polaka estirada no hall daquele hotel de terceira!? Q.
belas ancas no desperdício dos dias!? Já sei, não me venha com esse blá-blá-blá
de q. futebol é o q. interessa. Futebol antes de tudo e depois. Tá por fora
pica de trapo. Olor de creolina exposta ao sereno. O carinha do tênis, nos
iludindo com sua polpuda conta-bancária, bancado pelos nikteiros. Ora vejamos
pronóbis saturno nublinheski monte nardines pega o curtis o cavalo outro cavalo
como reforço providencial ao meu monet o meu crunspício (aquele q. sofre junto)
e vamos enveredar pro Sul. Farroupilhas hastes naquelas clareaduras de campos,
coxilhas, sangas e restingas. Digo q. mato e limpo o jaracatiá borbhota
sorthinífero no topo da canjarana e limpo com farpa de angico. Rude minha lide
nesses vergéis antigos. Na linha desse dizer muitas palavras se perderam nos
cimos das árvores muitos cascos gastos em cavalgadas inúteis. Esse dizer q.
atravessa eras e repousa no ombro esquerdo do anjo vingador dos poetas
recusados, como uma coruja, pássaro de bom ou mau agouro. Não esqueço nunca
daquela dos trezentos viúvos de polakas, lembra? Ou trezentas polakas viúvas de
defuntos vivos até o embate. A procissão dos mortos vivos reage em meus sonhos
quando estou fraco e cansado. A cabeça em recosto nas barbas de pau sob aquelas
árvores. Fraco e cansado, isso pouco acontece, mas enfrento meio-dormindo a
reação escrota dos mortos-vivos. Comigo é assim e com meu irmão o Birão é muito
pior. No asteróide ASPHIZ 8800 só de passagem quando me viram muitos
esconderam-se nos escombros da velha nave muitos morreram de medo do anjo
vingador q. mata e seca só de olhar. Uma vez uma tribo de Panfluetha’s mistura
de panviados com punhethas adentrou um trigal imenso e com minhas espadas
revistentes desnudei-os de um por um. Nada contra e nada a favor o milho cresce
nos amplos espaços do verso livre. Viu como se sai pela tangente!? O anjo
vingador do futuro guturaaaaaa… seu
grito de guerra com papel celofane na boca e um pente carioca pra
convocar legionários ao bom combate. No bom combate há o imperativo odiar
reconhecer o tranho e o perigo não se pode simplesmente atacar o q. sequer se
conhece ofereça perigo e tal e tal isso da guerra da luta fratricida coisas de
peleja tudo mundo deve saber de cor e salteado. A mesa dos Deonísios e
Philosísifos sentam-se os mnerdas das construções sígnicas. Os mnerdas e seus
afiliados sempre pardos eminentes nos gabinetes dos maus espírithos tramando
despautérios sacrifícios. Flagelos de vozes no degelo. Nada se cria e tudo se
copia na mesmasséia dos profedídithes. Massa mano, essas hastes de boas-falas
q. reverbero no espaço como biscoito protonathural. Não tem meu Sr. não pode
não haverá nunca de acontecer um anjo vingador vingar o já vingado amar o já
amado matar o já matado.

Uma
língua aderida de ciscos signos símbolos sinais pós asteriscos uma língua como
uma esteira luminosa na noite grande uma língua antropomística &
polissimbela.

Anjo
vingador dos poetas recusados venho quente na haste núbila abrir clareiras na
floresta escura para um colóquio estranho. Nem só de colóquios vive o homem e
tranço termos de ficar em tua vida pro que der e vier. Nos amplos horizontes a
escatológica vertigem todos mortos: o padeiro, o açougueiro (q. não perturbará
a mulher de mais ninguém), o vidraceiro, a prostituta, o padre, o militar, o
professor, o dentista (q. virou gangster), a enfermeira, a psicóloga (confusa),
o camelô, o advogado, o servidor público municipal, o político… todos mortos
sobre as folhas da relva ainda úmida do sangue dos poetas recusados todos
mortos e a cornucópia do poeta passando de mão em mão com seu líquido espesso
q. não é sangue e não é mel e não é vinho e não é leite e não é refrigerante e
não é cerveja e não se sabe e nunca se saberá ao certo o q. é q. é. Morta a
vida q. nunca nasceu cresceu expandiu como espera o anjo vingador em
conhecimento artístico reconhecimento do artífice q. faz e projeta e delibera e
inventa reinventa a vida como pode e deve. A cornucópia do poeta é invisível e
vc aí esperando o busão já bebeu desse líquido precioso-néctar meu Sr. meu Sr.
de muitas fábulas invertidas, sem moral e sem história. Vais contar tudo amanhã
ou depois, q. ninguém em sã consistência de gente ficará sem verve pra dizer e
oportunizar a todos sua experiência. No líquido espesso derramado em tua língua
a vida a vida de força de investimento nos atos fatos pensamentos te revelará
meu Sr., a glória de dizer o indizível de vencer o invencível tomará conta de
tua anímica força. Somos mais q. muitos imaginam. Mais q. tantos sonharam,
sonhamos. Muitos anjos vingadores nascidos da cornucópia do poeta do beber o
seu líquido espesso e agir e sonhar e deliberar e construir e reconstruir sobre
o lux owerlux trilux da vida e as trevas da morte. Um pai não procura defeitos
nos seus filhos. Um pai toca com as mãos os seus pupilos rumo ao futuro. Eu o
anjo vingador dos poetas recusados, unjo-te menino de boas falas um caminho muitas
sendas desígnios profícuos em tua vida. Naquele bar de beira de estrada parei
com meu cavalo monet. A moça loira (polaka) como era de ser me enovelou em suas
histórias de ficar. Fiquei. Meu cavalo estercou nas pedras da estalagem antiga.
O curió curioso deu uma cagadinha no ombro da bela e ensaiou três coices pra
cada lado, depois em sanha de urutago urucubou as coisas pro meu lado.
Sacatrapo du carilho pequetito estribilho de grilo, te mato fia da putha com
palito de dente afiado! Pra Curitiba hei de ir, pensei, sonhei, despensei,
ergui acampamento e com polaka e tudo parti. Entre um beijo e outro, costuras
de olhar, pegação, zanzeira com barrotranquira e cipó nas coxas grossas e pólem
viajante nos olhos amendoados. Pinecpecki no profhuri. Vindecthine soporhu
ghudam.

um superpesadelo negro nesta noite fria

como um flagelo demoníaco

suspendi a lança & cortei em cruz

três vezes os strúnhios inimigos

os inimigos não se afastaram

(demônios superconvictos)

mas saí pra fora do lúgubre transe

CAIADO ataca BORNHAUSEN, irmãos gêmeos / brasilia

DEU NO TWITER:
Ronaldo Caiado
@deputadocaiado Ronaldo Caiado
Jorge Bornhausen e Saulo Queiroz mudaram o nome e os rumos do PFL, fracassaram, tentaram covardemente jogar a culpa em outros e saíram.
21 hours ago via Echofon
.
Ronaldo Caiado

@deputadocaiadoRonaldo Caiado
Agora, Jorge Bornhausen, que sempre foi de se acomodar à sombra do poder, trabalha para entrar no governo do PT.
21 hours ago via Echofon
.
O deputado dá de barato que Bornhausen seguirá o mesmo rumo de Saulo. Escreve que ambos já “saíram”:

“Jorge Bornhausen e Saulo Queiroz mudaram o nome e os rumos do PFL, fracassaram, tentaram covardemente jogar a culpa em outros e saíram”.

Realça no ex-correligionário a vocação governista: “Jorge Bornhausen, que sempre foi de se acomodar à sombra do poder, trabalha para entrar no governo do PT”.

Recorda uma passagem da eleição de 2010: o comício em que Lula atacou, na Santa Catarina de Bornhausem, o DEM:

Jorge Bornhausen ajuda Lula, que disse, em SC, tentar exterminar o DEM! A que ponto chegamos. Também faz a ponte entre governo-PSD”.

Trata Bornhausen como um silvério: “A atuação da quinta coluna no DEM foi lamentável e já entrou para a história”.

Devagarzinho, a conflagração que corrói as entranhas do DEM vai transbordando. Caiado lavou a roupa suja dos gabinetes fechados para a mais moderna das praças públicas: a internet.

JS.

Rosa DeSouza lança “A CHAVE do GRANDE MISTÉRIO” em 3D na BIENAL do LIVRO em SP / por osmar lazarini

Revista Exame:  Áudio livros em 3D

Uma ideia que me fisgou é a onda de áudio livros que tem chegado ao mercado.Já falei sobre isso por aqui. Eu encaro várias horas de carro por dia nessa minha trip maluca de morar em Santos e trabalhar em São Paulo. São horas preciosas porque fico só e esse é o tempo das boas ideias, da música que se quer ouvir, das reflexões.

E a grande sacada, áudio livros 3D!

Para explicar em poucas palavras, é uma técnica de gravação de áudio que mistura equipamentos adequados, posicionamento, panorama, que simula os sons da narração como se fosse o ambiente real da cena com toda profundidade e alcance, ouça um exemplo -talvez o mais famoso-no vídeo acima, com fones a experiência é ainda melhor.
3D am áudio livros é novidade mundial. O primeiro foi de Stephen King. No Brasil o primeiro foi lançado na Bienal “A chave do grande mistério” da genial autora luso-americana Rosa de Souza. Rosa é portuguesa, passou a vida nos Estados Unidos e hoje em dia vive em Santa Catarina.
Profunda conhecedora das ciências ocultas, neste trabalho, Rosa mistura ocultismo, suspense, egiptologia, numa trama intrincada e que envolve naturalmente o ouvinte pela quantidade de conhecimentos. Quem já leu “O código da Vinci” sabe a atração que os assuntos herméticos exercem.
Possível candidato a best-seller. No carro a sensação é indescritível, dá pra esquecer do trânsito numa boa.
Pra quem não o tema “realismo fantástico” a editora Audiolivros promete lançar grandes clássicos também em 3D.
http://audiolivro.net.br/a-chave-do-grande-misterio.html

.

na foto a escritora Rosa DeSouza e seu marido o jorn. e ator Naldo Souza. (ilustração do site)

ENTREVISTA com FRANZ KAFKA.

aqui  o  “JORNALISTA” cria uma entrevista com Franz Kafka, depois de sua morte, nos dias presentes. ele utiliza críticas da época e  partes de  textos de livros de Kafka para fazer as perguntas  e que  serão as respostas.

jornalista Vamos iniciar nossa conversa falando do anti-herói que você foi. Isto é, vamos falar desse homem que revelou para todos nós a falta de significação e de sentido do mundo, desse homem agitado e tenso lutando contra tudo e contra todos, se cagando de medo sem mesmo saber do quê, do homo-absurdus que você nos revelou.

Kafka – Nunca me preocupei em ser o primeiro da fila. Nada de heroísmos comigo. Minha intenção foi sempre encontrar um buraco onde eu pudesse me enfiar e ficar longe desse horror que a vida oferta a cada um de nós. Eu via como as coisas aconteciam, como os outros se debatiam em seus quartinhos escuros e isso me repugnava. Eles queriam achar um sentido e comportavam-se de modo mais insensato que possa haver. Não era para se ficar petrificado?

jornalistaDe certa forma, por uma ironia perversa e inevitável, agora vivemos todos submersos em teus pesadelos. Quer dizer, o que para ti era literatura, é para nós realidade. O universo kafkiano agora é real.

Kafka – De certa maneira eu possuía a consciência que havia me perdido em algum lugar tenebroso do futuro. Sabia que quanto mais longe me adiantasse tanto mais terrível seria, no fim, o resultado. Entretanto, eu pensava: ‘um pesadelo é também um sonho!’, e continuava afundando.

jornalista Apesar de agora você ser o mundo, você sempre esteve só, se fodeu sozinho o tempo inteiro.

Kafka – Não fiz mal a ninguém e ninguém me fez mal; mas ninguém tão pouco me quis ajudar, absolutamente ninguém.

jornalista Alguns acusam sua obra de sufocante, pessimista. Declaram que o clima de angústia é tanto que não conseguem passar da terceira página.

Kafka – Parece-me que deveríamos apenas ler livros que nos mordam e espicacem. Se a obra que lemos não nos desperta como um golpe de punho sobre o crânio, qual a vantagem de a ler? Para que nos torne felizes? Meu Deus, seríamos da mesma forma felizes se não tivéssemos livros. E os livros que nos deixam felizes, a rigor, poderíamos escrevê-los nós mesmos. Em contrapartida, precisamos de livros que sobre nós atuem de modo igual a uma desgraça; que nos façam sofrer muito, como a morte de quem amássemos mais do que a nós mesmos; como um suicídio. Um livro deve ser o machado que rompe o mar gelado existente em cada um de nós.

jornalistaChegamos nessa encruzilhada onde tudo é ilusão. A vida como uma miragem cruél e o mundo um espelho que nos reflete e atormenta.

Kafka – De fato, tudo é fantasia: a família, o escritório, os amigos, a rua, tudo é fantasia. A verdade, bem próxima, é que tu bates com a cabeça contra a parede de uma prisão sem porta nem janela. Na verdade, tudo no mundo humano é imagem que adquiriu vida.

jornalista Amanhecer é sempre uma tarefa difícil. O Bukowski dizia: “Não sei quanto às outras pessoas, mas quando me abaixo para colocar os sapatos de manhã, penso, Deus Todo Poderoso, o que mais agora?” E você, como enfrentava o sol palhaço de cada dia?

Kafka – O desespero apoderava-se de mim quase todas as manhãs, um desespero que, por uma característica mais forte e mais conseqüente que as minhas, bastaria para ocasionar um suicídio bem sucedido.

jornalistaHá esse impulso, esse mergulho em águas turvas que todo verdadeiro escritor se afunda. Você também mergulhou nesse abismo de associações líquidas?

Kafka – Foi um mergulho sem volta. As ondas que me levam são de águas sombrias, turvas, pesadas, avanço lentamente e acontece-me também de entrar em pane.

jornalistaA estranheza do mundo te pegou e não largou. Como isso se deu?

Kafka – Para mim, o escritório – como o foram a escola primária, o ginásio, a universidade, a família, tudo – é um ente humano me observando com seus olhos cheios de inocência, onde quer que eu me encontre. Um ser ao qual estou ligado de maneira misteriosa, embora seja mais estranho para mim do que as pessoas nos automóveis que neste momento escuto passar na praça. Acontece que eu sentia pelas coisas terrenas um amor não terreno que tornava impossível viver vida humana entre os humanos.

jornalista Em você existiu esse conflito mortal: aderir a vida normal de todos (casar, ter filhos, emprego, aposentadoria, os vermezinhos do tédio familiar dependurados no saco) ou o grande salto, a Literatura e a vertiginosa Viagem ao Fim da Noite. Você nunca conseguiu se decidir.

Kafka – Duas pessoas em mim, a que deseja viajar e a que não se atreve a isso, constituindo cada uma parte do meu ser, e ambas, sem dúvida desonestas, lutam em meu interior.

jornalista Por detrás da burocracia, há o poder. É assim como a letra inelegível dos médicos, ou o latim dos padres: signos do poder, da estúpida autoridade que procura se legitimar através da intimidação. Você se rebelou ferozmente contra essa palhaçada deste o início.

Kafka – O fato é que a alma sufoca nestes aposentos estreitos. E qual o objetivo desta grande organização? Consiste em prender inocentes, promover-lhes um processo insensato e, na maioria das vezes, como no meu caso, absolutamente falho de resultados. Porém, esse poder provém de fontes que nós já não identificamos; por isso, apesar de todo o meu impulso de lutar contra eles, só passarei pelas brechas para cuja localização tenho faro especial.

jornalista Apesar das situações absurdas dos textos, todos os seus relatos são baseados em experiências vividas por você. O real, o mundo, sempre foi sua matéria prima.

Kafka – Saber utilizar a experiência vivida era exatamente o que representava o máximo para mim. Fazer as contas no ar nunca foi o meu forte; sempre acreditei ser o mundo mais genial do que eu.

jornalista Há uma busca constante em seus escritos. Personagens presos e perdidos em angustiantes labirintos burocráticos, indagações, perguntas sem respostas por todos os lados. Uma aflição.

Kafka – Eram coisas que eu não compreenderia ainda que me explicassem. Mas, sinceramente, o que se consegue formulando indagações? Nada obtive com elas; talvez meus companheiros sejam mais inteligentes e usem meios mais eficazes para suportar a existência, meio que – assim me parece – possam ajudá-los em sua angústia, acalmá-los, adormecê-los, mudar-lhes a índole, porém no fundo tão impotentes quando os meus. Além do mais eu sabia que quase ninguém pode nos ajudar; cada momento e cada lugar da terra criam novos problemas.

jornalista Falemos de literatura. É necessários mesmo ter bom senso para escrever?

Kafka – Não sei, apenas escrevo ao contrário do que falo, falo ao contrário do que penso, penso ao contrário do que devia pensar, prosseguindo assim até o fim, ao fundo da escuridão. No entanto, quando nos sentamos pacatamente para escrever alguma coisa bem burguesa, fica-se cômodo. Porém ai de ti, se te agitas e teu corpo treme um pouco. As pontas penetram infalivelmente nos teus joelhos, e a coisa vai mal! Eu poderia te mostrar minhas marcas azuladas.

jornalista E as palavras?

Kafka – As palavras são duras, caminho sobre elas como por cima de um mau calçamento. Mas sempre as persegui sem floreios, nem véus, nem grãos de beleza.

jornalista O que era esse teu impulso para a escrita?

Kafka – Um violento desejo de extravasar toda a angústia no papel; escrevê-la no fundo do papel, da mesma forma como surge do fundo de mim mesmo. Eu sabia que era só escrevendo que eu me mantinha vivo.

jornalistaComo você definiria a criação literária?

Kafka – A criação literária carece de independência; subordina-se à criada que faz o fogo, ao gato que se esquenta perto da lareira, a este pobre velho que se aquece. Tudo isso corresponde a funções autônomas, com leis próprias; somente a literatura não encontra em si nenhum socorro, não vive nela mesmo, é simultaneamente jogo e desespero.

jornalista Mas se a literatura era tão vital assim por que você pediu que destruíssem todos os seus escritos após sua morte? Você realmente não queria deixar rastros?
Kafka – Talvez para alguns o ato de escrever seja apenas mais uma maneira de se maquiarem, de se mostrarem sensíveis e inteligentes. Para mim a coisa era outra. Era um mergulho no que havia de mais terrível e assustador de mim mesmo. Mas logo entendi que todos os obstáculos me vencem, tudo em que toco se desfaz em ruínas. Sim, eu precisava me livrar de mim mesmo, ser completamente esquecido para quem sabe poder descansar em paz.
jornalista Arriscaria uma auto-definição?

Kafka – Isso é difícil porque mal tenho alguma coisa de comum comigo mesmo; deveria conservar-me bem quieto num canto, feliz de poder respirar. Na verdade, sinto-me de pedra, como se fosse meu próprio monumento sepulcral, sem o menor interstício para a dúvida ou para a fé, para o amor ou para o ódio, para coragem ou para o medo; somente persiste vaga esperança, mas não melhor do que as inscrições nas lapides fúnebres. De qualquer maneira, eu poderia dizer que sou, não apenas por fatores externos, mas acima de tudo pela minha própria essência, uma pessoa circunspecta, calada, pouco sociável, insatisfeita.

jornalistaAgora, morto, você pode nos dizer se a vida é realmente uma viagem sem volta?

Kafka – Estou aqui, é apenas o que sei, nada posso fazer. Minha embarcação não tem leme, viaja com o vento que sopra nas regiões inferiores da morte. De qualquer maneira, confesso que muito, muito poucas vezes consegui ultrapassar essa fronteira entre a solidão e a sociedade.

jornalista Uma palavra para os que desejam se transformar num Artista da Fome.

Kafka – És livre e, por conseguinte, estás perdido.