REDE de AÇUDES do NORDESTE a maior do planeta Terra por manoel bonfim ribeiro

Discute-se a transposição de águas do rio São Francisco para o Nordeste brasileiro como a grande solução hídrica para o Semi-árido. A aridez desta região se caracteriza pela sua baixa pluviosidade com isoietas de 600 mm/ano. A seca se instala quando o desvio padrão é negativo, chovendo 60, 40, ou apenas 30% das médias anuais. Na grande seca de 1915, a mais tirana de todas, embora curta, o desvio padrão chegou a 75%, isto é, só choveu 25% da média, 150 a 180 mm naquele ano. Foi um horror que mereceu o primeiro livro da escritora Rachel de Queiroz, “O Quinze”. Durante o período de inverno as chuvas se concentram por três meses em média e, geralmente em maio, ocorre um brusco declínio pluviométrico. Isto é próprio dos climas semi-áridos sob latitudes equatoriais.
 Não há seca absoluta, na acepção do termo, com precipitação anual zero. No continente americano só o deserto de Atacama, no Chile, tem zero de precipitação, porque os ventos alísios, carregados de umidade, não conseguem cruzar a cordilheira andina e, por sua vez a evaporação no Pacífico é incipiente naquela faixa fria da costa chilena, não havendo, portanto, formação de nuvens convectivas.
 Todos os anos, impreterivelmente, chove no período das quadras invernais, pouco ou muito, mas chove. Por vezes são chuvas tempestuosas, hibernais. O sertanejo costuma dizer que as chuvas de um ano caem num só mês e as chuvas de um mês caem num só dia.
 Pesquisar técnicas para reter e acumular as águas superficiais nas regiões áridas do mundo foi, sempre, a grande luta do homem para suprir as suas necessidades hídricas nas longas travessias estivais. Assim procederam os povos bíblicos do Oriente, os aborígines da Austrália, os tuaregues do Kalahari, os pastores mongóis da Ásia, os afegãos com o sistema subterrâneo Karez de captação, os pigmeus do Saara e mais outros povos da antiguidade.
 Abriam-se poços, algibes e cacimbas, construíam barreiros, açudes e outras técnicas usadas para a captação das águas de chuva. A luta desses povos foi sempre armazenar água sob qualquer modalidade, cativar a água que cai do céu. Na Mesopotâmia foram construídos muitos açudes entre os dois rios e mais de 300 km de canais de irrigação. Os povos daquela região sabiam trabalhar a água. Os cartagineses foram exímios construtores de açudes. Na Austrália, construíram-se grandes implúvios ao longo das rodovias, em regiões áridas como o deserto de Simpson. Os árabes levaram as técnicas de açudagem para as terras semi-áridas da Ibéria. O Egito antigo foi insuperável no trato dos recursos hídricos. Ramsés II construiu obras monumentais, diques de 1.200 km de extensão para imprensar o Nilo contra a costa líbica, para irrigação por bacia. Construiu o lago Meris para controle das águas do rio, obra semelhante ao Sobradinho de hoje. Este lago foi comparado ao Labirinto de Teseu pela complexidade dos seus canais.
 As técnicas contemporâneas de açudagem começaram a surgir na Índia nas regiões de Madras e Bombaim, onde, além de um grande programa de perfuração de poços, aliou-se um robusto plano de construção de açudes, que se multiplicaram aos milhares. Técnicas modernas surgiram também na Inglaterra. Os EE.UU, por todo século XIX, construíram uma grande rede de açudes na região Oeste, de terras áridas e semi-áridas, conhecida como as Grandes Planícies, onde as isoietas pluviométricas variam de 250 a 500 mm, nunca além. Colorado, Montana, Arizona, Nebraska e outros estados que ocupam quase metade do País, cerca de 40%. O Elephant Bute é um mega açude americano com 3 bilhões de m³ acumulados, construído no século XIX e hoje, já bastante assoreado.
 No Brasil só temos 12% de terras semi-áridas, sujeitas ao flagelo clímico, com chuvas de 500 mm/ano. O estado do Ceará, área de 148.000 km², representando 15% do Polígono das Secas, tem pluviosidade acima de 700 mm/ano, a maior da região. A média mais baixa está na Bahia, 480 mm/ano em 330.000 km² representando 33% do referido Polígono.
 Foi no século XX que surgiram os primeiros açudes no Nordeste brasileiro. O programa de construção começou no advento da República, um pouco antes, quando a terrível seca de 1877/79 crestou todo o Semi-árido nordestino, degradando e desagregando os lares sertanejos. Partiram desta grande seca os programas de açudagem, que logo passaram a ser uma questão nuclear para o Nordeste.
 À medida que os açudes iam sendo construídos nas calhas de riachos efêmeros e intermitentes, a sociedade sertaneja começava a crer na solução distributiva dessas águas represadas.
 As águas de chuva seguem três caminhos distintos: evaporação, infiltração e escoamento. A evaporação no Semi-árido é avassaladora, chegando a mais de 80%, no momento da precipitação. A infiltração varia de 10 a 15%. O escoamento é o de águas superficiais e fugidias, formadoras dos riachos. O coeficiente de escoamento (run-off) varia de 10 a 20% das águas caídas, mas é baixíssimo o índice de armazenamento, geralmente, menos de 1% do volume afluente médio anual, por vezes, apenas 0,1%.
 Apesar de índices tão baixos, os reservatórios acumulam grandes volumes de água, com milhões e bilhões de metros cúbicos, como o Castanhão, um açude oceânico que pode ser visto da lua.
 Os açudes são construções públicas federais, estaduais, municipais, particulares e de cooperação, somando, hoje, o fantástico número de 70.000 reservatórios superficiais, tornando o Semi-árido, a região mais açudada do Planeta. Não há região no Globo, árida ou semi-árida, com tamanha capacidade de acumulação, um cubo de 37 bilhões de m³, um terço do que o São Francisco despeja anualmente no Atlântico. Numa distribuição geográfica eqüitativa disporíamos de um açude a cada 14 km² por toda a superfície do Polígono das Secas.
 Os açudes se multiplicaram com métodos construtivos cada vez mais avançados. Vejamos alguns, acima de 100 milhões de m³ acumulados, verdadeiros mares interiores: Aires de Souza, CE (104 milhões de m³), Saco II, PE (124 milhões), Cedro, CE (126), Pompeu Sobrinho, CE (143), Caxitoré, CE (202), Serrote, CE (250), Acauã, PB (250), Eng. Ávidos, PB (260), Gal. Sampaio, CE (320), Pentecostes, CE (400), Boqueirão, PB (420), Pedra Branca, CE (425), Serrinha, CE (500), Poço da Cruz, PE (504), Epitácio Pessoa, PB (536), Araras, CE (1,0 bilhão de m³), Coremas-Mãe d´água, PB (1,4 bilhão), Banabuiú, CE (1,7 bilhão), Açu, RN (2,4 bilhões), Orós, CE (2,5 bilhões), Castanhão, CE (6,7 bilhões). Só estes 22 mega-açudes construídos no Semi-árido acumulam nas suas bacias 20,3 bilhões de m³ de água, volume equivalente a 8 vezes e meia a baía da Guanabara, a segunda maior baía do litoral brasileiro.
 Os açudes não secam, são reservatórios plurianuais, inter-anuais, projetados e construídos, com aprimoramento e rigor técnico, pelos engenheiros do Brasil, sobretudo nordestinos, comparados aos melhores hidrólogos egípcios. Cada projeto exige todos os dados climatológicos da bacia hidrográfica em questão, pluviometrias, fluviometria, vazões, run-off, quociente de evaporação, índice de armazenamento, tudo é definido em projeto, inclusive a ciclicidade das secas da região com toda sua série histórica. São analisados e selecionados os materiais usados em cada obra. É tecnologia avançada de alto nível. Citemos, como exemplo, Pinhões, um açude de 15 milhões de m³, considerado de pequeno porte, construído no riacho divisor dos municípios Juazeiro e Curaçá – BA. Situa-se na região mais árida do Brasil, precipitação de 380 mm/ano e evaporação de 4.000 mm ao ano, quase a mesma evaporação do mar Vermelho, situado entre os desertos da Núbia e Arábico. Pois bem, este açude nunca secou, tendo, inclusive, um pequeno sistema de irrigação. Milhares de outros açudes podem ser citados. Quase todos os grandes açudes de Nordeste têm projetos de irrigação implantados, e muitos deles com geração de energia hidrelétrica. São açudes que não podem secar e, realmente, não secam.
 Construímos, durante 100 anos, com muito orgulho nordestino, o maior patrimônio hídrico do Mundo na captação de chuvas, uma das grandes conquistas da humanidade em terras áridas, uma verdadeira AGUABRÁS, e, num determinado momento, joga-se tudo pela janela, não serve mais, vamos transpor o São Francisco, é melhor.
 Senhores do nosso Brasil, políticos, governantes, religiosos, administradores, profissionais, executivos e toda a sociedade. A solução para o atendimento às comunidades sertanejas está na distribuição dessa água. A infra-estrutura está pronta, basta implantar um vigoroso sistema de adutoras. Os nordestinos serão todos atendidos e assistiremos na AGUABRÁS, o grande naufrágio da “indústria da seca”.

 

o autor é eng civil,  ex-diretor regional do DNOCS, da CODEVASF, sec. executivo do CEEIVASF e consultor da SRH/MMA

açude orós sangrando. foto sem crédito. ilustração do site.

8 Respostas

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  2. Fui engenheiro civil do DNOCS, havendo trabalhado durante 5 anos no Projeto de Irrigação São Gonçalo, compreendendo a recuperação da rede de canais revestidos com pedra rachão, ampliação da rede para fins de poder irrigar 2.500ha, retificação de um trecho de 13km do rio Piranhas e, finalmente, fiscal da obra de construção do novo sangradouro do Açude Engº Ávidos, em Cajazeiras-PB.
    Sempre discuti o aproveitamento das águas represadas nos açudes construidos até 1980, e, depois daquele ano, tantos outros, como o Castanhão, que com sua capacidade, quase duplicou o que existia até então.
    Sempre fui, sou e continuarei sendo contrário ao projeto megalomaníaco de transposição das águas do são Francisco, como solução para o problema de equacionamento do fenômeno da seca no NE.
    A capacidade armazenada de água no somatório dos açudes já construidos no NE, se estudada sua maneira de distribuição de forma racional, evitaria o gasto exorbitante de tanto dinheiro e resolveria, de forma definitiva este flagelo que humilha tantas famílias que nasceram nesta rica e bela região de nosso País.
    É, pois, com profundo lamento que testemunho este descalabro ora em execução, obra iniciada sem nenhum estudo mais detalhado, incorrendo na adoção de soluções imediatistas para problema de tão grande monta.
    O governo LULA não poderia ter sido mais infeliz na condução deste problema e, sòmente a vaidade política de um homem despreparado para atacar um assunto de tamanha envergadura justifica tão infeliz decisão.
    Renato de Lima Brito
    engenheiro civil, CREAA 4407/D-PE/FN
    081 9615-1518

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  3. Silvino Gustavo Nogueira | Responder

    Concordo plenamente com o texto “REDE de AÇUDES do NORDESTE a maior do planeta de 06 janeiro, 2008” do Prof. Manuel Bonfim Ribeiro, já se passaram três anos da publicação deste artigo e estamos vivenciando agora a tão sonhada obra política de transposição do Rio São Francisco, obra que esta consumindo milhares e milhares de reais e beneficiando as grandes empreiteiras que já prestam o seus serviços ao governo, num discurso direcionado não ao verdadeiro povo Nordestino que vive de criação de cabras e agricultura de subsistência, mas aos grandes empresários que instalaram novas unidades de suas gigantescas indústrias com a desculpa de levar o desenvolvimento que não aconteceu no Nordeste em anos atrás e que serão beneficiadas 12 milhões de pessoas, dados do próprio ministério, agora pense: o preço essas águas custara ao povo Nordestino, será que o criador de cabras terá condições de pagar por ela, uma outra questão importante é o quanto vai se gastar de energia para o bombeamento dessa aguá, para fazer com que ela chegue aos açudes principais e abasteça aos pequenos rios. Agora vejamos alguns dados importantes: O volume total da precipitação pluviométrica anualmente no Nordeste, está estimado em 700 bilhões de m³ , deste total cerca de 642 bilhões de m³ são consumidos pelo fenômeno da evapotranspiração. Dos 58 bilhões de m³ que escoam pelos rios anualmente, 36 bilhões de m³ são drenados para o mar, Fonte: EMBRAPA (2010). As descargas dos rios nordestinos representam um escoamento de água da ordem de 58 bilhões de m³/ano. A extração de apenas 1/3 dessas reservas representaria potenciais suficientes para abastecer a população nordestina (estimada em cerca de 47 milhões de pessoas), com uma taxa de 200 litros/pessoa/dia e ainda irrigar 2 milhões de hectares com uma taxa de 7.000 m³/ha/ano, Fonte: Rebouças, Aldo – 2010. É possível resolver o problema de seca no semi – árido Nordestino ser ter que transpor o Rio São Francisco, com medidas mais baratas e mais eficazes com água de ótima qualidade a todas as casas do sertão Nordestino e ainda a um preço que todos poderão pagar.

    Silvino Gustavo Nogueira
    Graduando em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas – São Paulo ( PUCC ), curso Bacharelado, segundo ano.
    Contatos para maiores esclarecimentos via e-mail : prgustavofirehelp@hotmail.com

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  4. Antonio Roque Ferreira Campos | Responder

    Concordo com o senhor, Prof. Manuel Bonfim Ribeiro, quando diz que ” os nordestinos serão todos atendidos e assistiremos na Aguabrás, o grande naufrágio da “indústria da seca”. Segundo o Ministério da Integração Nacional, tendo como Ministro, Ciro Gomes , foram incorporados em 2005 mais 8 municípios do Estado da Bahia, totalizando 265 municípios Bahianos.
    Assim sendo, acredito que a construção de adutoras nessa enorme rede de açudes seria mais vantajoso do que um metrô com um trecho de 6 km construído há 11 anos.
    Parabéns pelo trabalho desenvolvido, assim como, pelo curso acerca do mesmo tema que o senhor esta administrando no IGHB, pois, sou um dos seus alunos e estou adorando.
    Atenciosamente,
    Antonio Campos.

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  5. Paulo Afonso da Mata Machado | Responder

    Parece-me equivocado o pensamento do Prof. Manoel Bonfim Ribeiro de que os açudes vão ser jogados pela janela porque transpor o São Francisco seja melhor.
    A espetacular rede de açudes do Nordeste é a grande responsável pelo término do drama da falta de água para beber. Hoje, não se vê mais retirantes morrerem de fome ou de sede. O bolsa-família e outros programas sociais ajudam a fixar o homem no campo, mas são soluções paliativas, não definitivas.
    O projeto de transposição de águas do Rio São Francisco vai aproveitar melhor esses açudes, incluindo o Castanhão, resolvendo um grande problema que, infelizmente, os técnicos que o construíram, não puderam solucionar: sua salinização progressiva.
    As águas do Rio São Francisco, renovando as águas acumuladas durante o período chuvoso do Nordeste (de um ano em um mês e de um mês em um dia, como lembra o professor) vai permitir água de qualidade para o nordestino plantar e colher.
    Quando disserem que o nordestino vive do bolsa-família, ele vai poder responder orgulhosamente: vivo do meu trabalho e posso dispensar a ajuda do Governo.
    A propósito, recomendo um vídeo que trata desse assunto: http://www.youtube.com/watch?v=iXoXxWuvPmo&feature=related

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    1. Silvino Gustavo Nogueira | Responder

      Caro colega, concordo com algumas coisas que você citou no seu texto, mas acho que deveria ler melhor o que o Prof. Manuel Bonfim Ribeiro escreveu para depois tirar conclusões, cito um trecho de sua autoria “O projeto de transposição de águas do Rio São Francisco vai aproveitar melhor esses açudes, incluindo o Castanhão, resolvendo um grande problema que, infelizmente, os técnicos que o construíram, não puderam solucionar: sua salinização progressiva. As águas do Rio São Francisco, renovando as águas acumuladas durante o período chuvoso do Nordeste (de um ano em um mês e de um mês em um dia, como lembra o professor) vai permitir água de qualidade para o nordestino plantar e colher.” existem técnicas avançadas já sendo usadas em outros países para a dessalinização de águas e ainda afirmo a você que é possível levar água de ótima qualidade a todas as casas do Nordeste que estão inseridas no projeto sem que houvesse a necessidade de fazer uma obra tão cara que é a transposição do Rio São Francisco.

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  6. […] [PALAVRAS, TODAS PALAVRAS] Discute-se a transposição de águas do rio São Francisco para o Nordeste brasileiro como a grande solução hídrica para o Semi-árido. A aridez desta região se caracteriza pela sua baixa pluviosidade com isoietas de 600 mm/ano. A seca se instala quando o desvio padrão é negativo, chovendo 60, 40, ou apenas 30% das médias anuais. Na grande seca de 1915, a mais tirana de todas, embora curta, o desvio padrão chegou a 75%, isto é, só choveu 25% da média, 150 a 180 mm naquele ano. Foi um horror que mereceu o primeiro livro da escritora Rachel de Queiroz, “O Quinze”. Durante o período de inverno as chuvas se concentram por três meses em média e, geralmente em maio, ocorre um brusco declínio pluviométrico. Isto é próprio dos climas semi-áridos sob latitudes equatoriais. […]

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  7. Prezado Ribeiro,
    A UVITT tem um interesse muito grande em ações conjuntas que possam contribuir para amenizar os problemas da região do semi-árido brasileiro. Tecnologias estão disponíveis, assim como um potencial técnico onde a empresa tem sua sede – Alemanha. Nosso Diretor Dietrich Gebauer gostaria de trocar informações e manter entendimentos objetivando à viabilização de procedimentos. Pedimos a gentileza de entrar em contato via e-mail endereçado a : d.gebauer@t-online.de depois que acessar o site acima citado para saber mais a respeito da organização.
    Já remetemos um extrato de seu trabalho para o Dietrich. Tem alguma referência mais completa e disponível em inglês ?
    Parabens pelo seu trabalho.
    Aguardo uma cópia da correspondência ao Dietrich.
    O Dietrich tem seu endereço na Alemanha e pedimos que a sua correspondencia seja em inglês ou alemão.
    Atenciosamente,
    UVITT
    Paulo R. de Barros
    Petrópolis, Rio de Janeiro, Brasil

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